sexta-feira, 28 de setembro de 2012

AZEVEDO IRRITA-SE COM ZÉ ROBERTO E GRITA EM DEBATE

 Autor: Seu Pimenta

FONTE: WWW.PIMENTA.BLOG.BR

Cinco dos seis candidatos a prefeito de Itabuna participaram de debate promovido pela Proeves FM, hoje à noite, no espaço Nefertiti. No último bloco, o momento de maior tensão. Zé Roberto (PSTU) citou levantamento que aponta Capitão Azevedo (DEM) com um dos maiores salários de prefeito do Brasil (relembre aqui). E quis saber de 

Azevedo se, caso reeleito, manteria a “política” de atraso de salários na saúde e desrespeito ao professor.
Azevedo perdeu a linha. Ficou nervoso e respondeu aos gritos, cobrando respeito de Zé Roberto. Professor e acostumado a debates, o candidato do PSTU emendou, na réplica:

- O senhor tem que parar de gritar. Quero que o senhor explique por que atrasa salário na saúde e não paga o piso aos professores.

Ainda mais irritado, Azevedo respondeu:

- Eu pago o piso, eu pago. Olha, meu Deus do céu! Ele diz que eu não pago o piso.

O sindicato da categoria acionou a Prefeitura judicialmente para que cumpra o Plano de Cargos e Salários. Os cálculos do Simpi apontam para perdas anuais de até R$ 3.600,00 para cada profissional do magistério, a depender do nível e tempo de carreira.

Em tempo: a candidata Juçara Feitosa (PT) foi a ausência no debate. A assessoria justificou que três eventos foram agendados para o mesmo dia e horário do confronto… de ideias.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Aspectos da Assistência Estudantil nas Universidades Brasileiras

Documento: Aspectos da Assistência Estudantil nas Universidades Brasileiras

PORTARIA REITORIA UESC Nº 732


O Reitor em exercício da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, no uso de suas atribuições,
 
RESOLVE

Art. 1º - Designar os servidores MÁRCIA ROSELY OLIVEIRA AZEVEDO, ELIAS LINS GUIMARÃES, MARCELO INÁCIO FERREIRA FERRAZ e NIRALDO ALVES DA SILVA, os estudantes THIAGO SANTOS FERNANDES e CAIO CESAR FÉLIX GONÇALVES DE ALMEIDA, na condição de titulares, e ALBERTINO DO AMPARO DE JESUS e LÍVIA SAVINA CASCIA CORREIA DOS SANTOS, na condição de suplentes, respectivamente, para, sob a Presidência da primeira, constituir uma Comissão para elaborar uma proposta inicial de política de assistência estudantil, mediante discussão com a comunidade universitária.

Art. 2º - A Comissão tem prazo de 90 (noventa) dias para apresentação de Relatório Final, que deverá constar minuta de Resolução de política de assistência estudantil.

Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Campus Prof. Soane Nazaré de Andrade, 9 de maio de 2012.



EVANDRO SENA FREIRE
REITOR EM EXERCÍCIO

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mobiliza - "Ando e penso sempre com mais de um " CHAPA 2


Diga sim ao amor e não à homofobia!


O ano de 2011 foi um ano de conquista para a comunidade LGBT, uma vez que os relacionamentos homoafetivos alcançaram os status de família constitucionalmente protegida. Contudo, a igualdade ainda não foi alcançada. Os legisladores e a sociedade insistem em inferiorizar as questões do grupo LGBT. 
Se um homossexual quer se casar é uma briga judicial enorme, permitiu-se a União estável homoafetiva, mas “casamento já é demais”. A criminalização da homofobia enfrenta uma oposição absurda e uma das justificativas é que nós não estamos preparados. Não estamos preparados para respeitar? Qual a grande dificuldade que existe em não agredir alguém? Os transexuais tem que conviver diariamente com um tratamento destinado a um gênero com o qual eles não se identificam.
Essa é a nossa realidade: Gays são “convidados a se retirar” dos bares frequentados pelos estudantes da UESC, na nossa Universidade há uma resistência em chamar os transexuais por seus nomes sociais, sem nos furtarmos de mencionar as agressões diárias a que o grupo LGBT está submetido.
Precisamos de leis que garantam a igualdade? Sem dúvida. Mas precisamos ainda mais buscar a compreensão de que não há nada mais fácil do que respeitar o próximo, do que entender que somos todos iguais em nossas diferenças. Para isso, espaços de discussão, como o promovido pelo COLETIVO MOBILIZA na Semana de Interdisciplinaridade, são essenciais. Precisamos ocupar os espaços políticos, como a Parada da diversidade.
Se você, assim como nós, não consegue fechar os olhos diante de qualquer tipo de opressão, MOBILIZE-SE!!!!

Camilla Pina

Debate entre as chapas 1 “Pensar Coletivo” e 2 “Mobiliza – Ando e penso sempre com mais de um”


Hoje, 26 de setembro, aconteceu um debate entre as chapas que estão na disputa para compor a diretoria do DCE da UESC. Foi um momento importante por representar uma oportunidade a mais para que os estudantes possam conhecer um pouco melhor as ideias e o histórico dos grupos que se propõem a representá-los.
Poucos foram os estudantes que compareceram ao evento, o que pode ser mais um reflexo da fase de fragilidade em que se encontra o Movimento Estudantil (M.E.) da UESC. Por outro lado, os que estiveram presentes demonstraram um vivo interesse pelos temas que foram discutidos, além de terem participado fazendo perguntas às duas chapas.
Ambos os grupos defenderam a necessidade de se efetivar os canais de diálogo entre a diretoria do DCE e os estudantes por acreditarem que essa troca de informações confere um caráter democrático à entidade. Sobre esse quesito, fizeram críticas à gestão passada citando o fato desta não ter ao menos realizado o número mínimo de Assembleias Gerais, Conselhos de Entidades de Base (COEB’s), reuniões de diretoria e Prestações de Contas, exigidos pelo Estatuto da Entidade.
Outros temas foram abordados pelas chapas, dentre eles: a adesão da UESC ao ENEM/SISU como forma de acesso; a verba do PNAEST que está prevista para os próximos anos; e os cortes no orçamento das Universidades Estaduais feitos pelo Governo Wagner (PT). Pelas falas foi possível notar que, pelo menos no plano das ideais, existem mais consensos do que discordâncias entre elas.
É importante que os estudantes estejam mais atentos e que analisem bem as propostas e o histórico dos grupos que disputam essa eleição, tendo em vista que é necessário revitalizar o M.E. da UESC para que esse possa obter novas conquistas. A realização do debate de hoje pode significar um passo a diante em direção ao fortalecimento do DCE da UESC, como instrumento a serviço da organização autônoma e das lutas dos estudantes por uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada.      

Sebastião da S. M. Neto

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Abaixo Toda Forma de Opressão!



            As diferentes formas de opressão como o racismo, o machismo e a homofobia, são responsáveis por atos de violência psíquica e física que marcam a vida de milhares de pessoas, levando em alguns casos ao desenvolvimento de problemas psicológicos, sociais e até a morte. As ideologias opressoras difundidas em nossa sociedade transmitem falsas idéias que levam as pessoas a tratar de forma desrespeitosa e até hostil, homens e mulheres que não se enquadram em certos padrões tidos como normais.
            As falsas idéias que sustentam o comportamento racista, machista e homofóbico são amplamente disseminadas sutilmente ou de forma escancarada através da grande mídia, nas escolas, em organizações religiosas e também pela família. Idéias que são transmitidas de geração a geração como uma herança maldita, e que estão a serviço da reprodução e manutenção da ordem social violenta e excludente em que vivemos.
            Ser mulher, negro, homossexual, travesti, índio, estrangeiro, etc., não é defeito, defeito é não respeitar o próximo, é agredir uma pessoa fisicamente ou psicologicamente por não aceitar as diferenças existentes na humanidade. É preciso lutar cotidianamente contra as ideologias opressoras e em defesa da criação de leis que ajudem a erradicar as diversas formas de opressão presentes em nossa sociedade.
            É muito importante que nós estudantes construamos espaços de discussão que contribuam para a eliminação dos preconceitos e para despertar em nós e em outras pessoas uma consciência crítica acerca das opressões. Além disso, podemos realizar diversas formas de manifestação para combater e denunciar os atos de opressão que acontecem em nossa universidade e na "sociedade externa", assim como reivindicar que a justiça puna as pessoas que praticam esses atos.

Sebastião da S. M. Neto

sábado, 22 de setembro de 2012

Entrevista do candidato a prefeito de Itabuna, Zé Roberto (PSTU), no Bahia Meio Dia


O candidato a prefeito de Itabuna, Zé Roberto (PSTU), em entrevista concedida ao “Bahia Meio Dia”, jornal da TV Santa Cruz, na ultima sexta-feira 21, afirmou que a cidade de Itabuna é governada pelos ricos e para os ricos. De acordo com o candidato, o dinheiro público que deveria ser utilizado para investir em saúde, educação e outras áreas com o objetivo de melhorar as condições de vida da população pobre e trabalhadora, está sendo utilizado para aumentar a concentração de riquezas nas mãos de poucos empresários. Zé Roberto também apresentou algumas das propostas do PSTU para reverter essa lógica e garantir que os trabalhadores tenham o controle direto sobre a utilização do dinheiro público.

Clique aqui para assistir a entrevista na íntegra. 

Eleições para o DCE da UESC: Duas chapas tiveram as inscrições homologadas e agora partem para as campanhas

Nessa ensolarada manhã de sábado, dia 22 de setembro, se encerrou o período das inscrições das chapas que disputarão as eleições para a diretoria do DCE da UESC. O encerramento das inscrições ocorreu às 12h, conforme determina o edital de eleição. Em seguida a comissão eleitoral conferiu os documentos apresentados pelos representantes das chapas, enquanto estes conversavam.

Apenas representantes de duas chapas compareceram à Universidade e conseguiram homologar suas candidaturas, a nº 1 “Pensar Coletivo” e a nº 2 “Mobiliza - Ando e penso sempre com mais de um”. A surpresa foi a ausência do pessoal da União da Juventude Socialista (UJS), que na eleição que foi anulada formou a chapa “Quem vem com tudo avança nas mudanças”.

Segundo declarações de membros da comissão eleitoral os militantes da UJS queriam que a eleição do DCE fosse adiada, pois, no momento eles estão muito ocupados trabalhando na campanha, para prefeito, de Claudevane Leite, Vane (PRB), e, para vereadora, de Hélade Xavier (PCdoB), em Itabuna. Até o momento o grupo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

 Tudo indica que a partir do dia 24, próxima segunda-feira, os membros das duas chapas inscritas estarão duramente empenhados em suas campanhas. É importante que cada estudante acompanhe de perto esse processo e se informe ao máximo sobre as chapas, suas propostas e histórico.

É importante também, ao analisar as alternativas apresentadas nessa disputa eleitoral, fazer uma leitura da difícil realidade que as Universidades Estaduais baianas têm enfrentado nos últimos anos, como consequência, em parte, das políticas de cortes de verbas aplicadas pelos governos de Jaques Wagner (PT).

O desafio que está posto é saber qual dos grupos que desejam se tornar os representantes oficiais dos estudantes da UESC constitui a melhor alternativa para organizar e mobilizar os estudantes para lutar em defesa de seus interesses. Qual o grupo que poderá dar uma melhor contribuição para que o Movimento Estudantil da UESC possa se fortalecer e obter vitórias que beneficiem os estudantes e a Universidade.

Sebastião Neto

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DIVERSIDADE E COMBATE À HOMOFOBIA

FONTE: ZEROBERTO16.BLOGSPOT.COM.BR
 
 


O candidato a prefeito Zé Roberto esteve presente ao 7º Seminário de Políticas Pública organizado pelo grupo Humanus no último dia 4 de setembro. Na oportunidade, os cinco candidatos a prefeito foram convidados para apresentar e debater seu programa para a comunidade LGBT de Itabuna no auditório da FTC. Zé Roberto não fugiu ao debate, ao contrário dos candidatos do DEM e do PRB que não compareceram à importante discussão.


 
O PSTU tem um programa específico para atender às demandas da comunidade LGBT de Itabuna. Sabemos que hoje a violência e a homofobia são dois dos problemas enfrentados pelos homossexuais em todo o país. Em Itabuna não é diferente. Cotidianamente acompanhamos casos de agressão e de discriminação contra estas pessoas. Da mesma forma, não há uma política de saúde que ofereça suporte para prevenção e combate às doenças sexualmente transmissíveis. Nas escolas, vários são os casos de pessoas que sofrem com o preconceito por conta de sua orientação sexual.

Por isso, os candidatos a prefeito e a vereador do PSTU defendem a criminalização da homofobia, a legalização do casamento gay, a aplicação do Kit Anti-Homofobia nas escolas. Defenderemos um programa de educação sexual nas escolas municipais, conscientizando a comunidade do respeito à diversidade sexual e a luta contra toda forma de homofobia. Promoveremos ainda a formação e a qualificação dos profissionais da educação para levar este debate para a juventude de Itabuna. Confira nossas propostas em outras áreas.

Moradia
- Pelo acesso ao crédito e financiamento por casais do mesmo sexo.
- Combate à violência doméstica e familiar contra lésbicas, gays, mulheres bissexuais, travestis e transexuais e transgêneros. Combate à homofobia nos locais de trabalhos, escolas e universidades;

Saúde
. Por um sistema de saúde que atenda às necessidades dos GLBTs.
. Pela ampliação da rede de testagem e aconselhamento de DSTs/AIDS.
. Pela ampliação da oferta de cirurgia de mudança de sexo para transexuais pelo SUS, totalmente gratuita, e com acompanhamento médico e psicológico de qualidade.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ELEIÇÃO PARA O DCE DA UESC: SE ORGANIZAR É NECESSÁRIO


Começou novamente o processo de escolha da nova diretoria da entidade máxima de representação dos estudantes da UESC, o edital, que informa sobre as normas e prazos que orientam essa eleição, já pode ser lido no mural da entidade. O período das inscrições foi iniciado no dia 13/09 e vai até às 12h do dia 22/09. As chapas devem possuir no mínimo 22 alunos e no máximo 44 que estejam regularmente matriculados no presente semestre.

Para se inscrever basta entregar a documentação necessária anexada à ficha de inscrição devidamente preenchida a qualquer membro da comissão eleitoral ou na sede do DCE em seu horário normal de funcionamento. Os documentos necessários são: comprovante de matrícula e qualquer documento oficial com foto, de cada membro da chapa. De acordo com o edital de eleição a comissão eleitoral é formada por Iajima Silena, Karen Oliveira, Joel Viera, Hátila Rocha e Marcos Sena.

A sede do DCE teoricamente fica aberta de segundas as sextas das 8h ás 21h e aos sábado das 8h às 12h, mas, de acordo com membros da comissão eleitoral, está fechada há alguns dias. Dois membros desta comissão informaram que os integrantes da União da Juventude Socialista (UJS), grupo político ligado ao PCdoB, que ocuparam a maioria dos cargos da diretoria da entidade na gestão passada, se recusam a abrir a entidade, pois estariam interessados em protelar a eleição para depois das eleições municipais.

Além da documentação já referida as chapas devem entregar, no momento da inscrição, uma cópia do formulário de indicação dos membros da comissão eleitoral, acompanhado do comprovante de matrícula do semestre corrente. Isso porque cada chapa terá o direito de indicar dois membros para compor a comissão eleitoral. Nos dias de votação, 1 e 2 de outubro, só poderão votar os estudantes que apresentarem um documento oficial com foto e que estejam regularmente matriculados no semestre corrente.
     
Como a eleição para o DCE da UESC que foi realizada em junho deste ano foi invalidada em função de uma série de irregularidades verificadas ao longo de todo seu andamento, a entidade está há mais de três meses sem diretoria. Essa situação só contribui para tornar ainda mais difícil a organização dos estudantes para lutarem em defesa de seus direitos e de melhorias na universidade. Diante dessa realidade é necessário que os estudantes se mobilizem para superar o quanto antes essa situação que só contribui para o enfraquecimento da categoria.

Para melhores informações leia o Edital de Eleição.

Sebastião da S. M. Neto

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Osmarino Amâncio: Por que estou me desfiliando do PSOL

O líder seringueiro Osmarino Amâncio, considerado por muitos o sucessor de Chico Mendes, divulgou carta em que anuncia sua desfiliação ao PSOL. Leia abaixo


Dirigente seringueiro Osmarino Amâncio 

"A minha vida toda tenho dedicado à luta em defesa dos direitos e interesses dos povos da floresta. Desde os empates que fazíamos, ainda na época em que Chico Mendes estava entre nós, nas lutas no Sindicato, nos movimentos sociais, tudo em função de conquistar melhores condições de vida e trabalho para os seringueiros e para a classe trabalhadora brasileira.

E desde há muito tempo que esta luta não tem como ser completa sem um combate incansável contra o capitalismo – este sistema injusto e desigual em que vivemos – e pela construção de uma sociedade igualitária, socialista. Uma sociedade onde a riqueza produzida pelo trabalho do povo seja usada para garantir vida digna a todos, ao invés de servir apenas para enriquecer banqueiros, os donos das madeireiras, do agronegócio e grandes empresas. Onde nossos recursos naturais sejam protegidos e não entregues às grandes empresas.

Por esta razão me liguei ao PSOL, um partido que se dizia socialista, instrumento para organizar os trabalhadores para lutar por esta sociedade igualitária que defendo. Infelizmente, não é possível mais acreditar que este partido se preste realmente a este objetivo.

Mas, há tempos venho acompanhando com desconfiança as tentativas de aproximação deste partido com a ex-senadora Marina Silva, que os povos da floresta conhecem muito bem. Não como a defensora da Amazônia como ela diz ser, e sim como o que ela realmente é – defensora dos interesses de grandes empresas que exploram recursos naturais de nossa região, responsável (quando era ministra do governo Lula) pela Lei que arrenda a mata amazônica para grandes madeireiras, e pela liberação dos transgênicos. A preocupação cresceu com notícias de que o partido vinha recebendo dinheiro de empresários para financiar sua campanha eleitoral. Não há independência política sem independência financeira.

Agora, neste processo eleitoral em curso, em vários lugares, o PSOL faz aliança com partidos da burguesia, como PPS (em Macapá), com o PSD (em Manaus), alianças até com o PTB (em Santana/AP). Sem falar que, traindo a luta dos povos das florestas, tem andado de braços dados com a ex - senadora Marina Silva para que esta faça campanha em favor do PSOL.

Num partido que cabe estas coisas todas, não cabe alguém que mantenha seus compromissos, seja com a luta dos povos das florestas, seja com as lutas da classe trabalhadora brasileira. A nossa classe já viu um partido que ela construiu – o PT – que ao longo de sua vida, para crescer, para ganhar eleições, resolveu se aliar a empresários para governar. O resultado é que este partido virou as costas para o povo e hoje governa contra nós. Eu não quero participar da repetição desta triste experiência. 

Saio do PSOL, então, para poder continuar de forma coerente a minha militância em defesa da independência dos trabalhadores, e da luta dos povos da floresta e de todo o povo brasileiro para a construção de uma sociedade socialista e igualitária. "

Brasileia, 11 de setembro de 2012-09-13
Osmarino Amâncio


FONTE: WWW.PSTU.ORG.BR

Estudantes pressionam e Câmara de Natal revoga aumento da passagem de ônibus

FOTE: www.pstu.org.br 

Estudantes pressionam e Câmara de Natal revoga aumento da passagem de ônibus 
João Paulo da Silva

Estudantes protestam na Câmara de Natal


Quinta-feira, 6 de setembro de 2012. Certamente, esse dia ficará marcado na história da cidade de Natal. Será lembrado por representar a data em que estudantes e trabalhadores conseguiram algo inédito na capital potiguar. Às vésperas do feriado da Independência, centenas de pessoas lotaram as galerias da Câmara Municipal para pressionar os vereadores a revogarem o aumento na tarifa de ônibus, de R$ 2,20 para R$ 2,40, anunciado pela Prefeitura no dia 27 de agosto. Por unanimidade, num placar de 17 a 0, os vereadores presentes à sessão aprovaram o decreto legislativo nº 037/2012, que derrubou a portaria 47/2012, da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), e fez o valor da passagem retornar a R$ 2,20. 

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira, dia 7, e já está valendo. As empresas que descumprirem a medida serão multadas. Segundo os próprios vereadores, o decreto legislativo é uma prerrogativa da Câmara e não precisa passar pela sanção da Prefeitura. O ato estaria amparado pela Lei Orgânica do município, já que o aumento da tarifa foi dado sem prévio aviso à população e sem a apresentação de planilhas de custos que justificassem a elevação da passagem. A prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), divulgou nota à imprensa afirmando que lamentava a aprovação do decreto, mas que não iria recorrer judicialmente, deixando o recurso aos empresários. Entretanto, estes são aspectos jurídicos da decisão. As questões políticas são bem mais profundas.

“Se caiu o aumento, essa vitória é do movimento!”
A revogação do aumento da tarifa de ônibus em Natal foi uma vitória indiscutível do movimento chamado “A Revolta do Busão”. Todo o mérito da conquista recai sobre os milhares de estudantes que tomaram as ruas da cidade desde o dia 29 de agosto. Com grandes passeatas, nas quais mais de duas mil pessoas estiveram presentes, o movimento demonstrava que seguiria firme até que a revogação fosse alcançada. Na votação na Câmara neste dia 6, cada voto a favor da revogação era comemorado com um entusiasmo estudantil que já anunciava uma pressão sobre o próximo. Era visível a influência da força dos estudantes sobre os vereadores, que até chegaram a chamar o aumento da passagem de “abusivo, esdrúxulo e inconstitucional”.

Todos fizeram pronunciamentos duros contra o aumento, criticando a promessa quebrada pela prefeita, que havia dito que não aumentaria a passagem esse ano. De tão pressionados, sobretudo porque não queriam sofrer desgaste político às vésperas das eleições municipais, os vereadores pareciam fiéis representantes dos interesses dos trabalhadores e dos estudantes. Só pareciam. Afinal, eram os mesmos vereadores que nunca se opuseram aos aumentos passados. O oportunismo eleitoral estava claro. Mas os estudantes estavam conscientes da situação e trataram de dar uma resposta à altura. “Se caiu o aumento, essa vitória é do movimento!”, cantavam todos nas galerias da Câmara, logo após a aprovação. 

Prova dessa consciência foram os gritos dos manifestantes de “Impacto! Impacto!”, sempre que falavam os vereadores condenados pelo o esquema de venda de votos durante a elaboração do Plano Diretor de Natal, apelidado de Operação Impacto.

Para a estudante Géssica Régis e militante da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), entidade que participou ativamente dos protestos, a revogação do aumento é fruto da luta dos estudantes, e não da boa vontade dos vereadores. “A revogação aconteceu por pressão popular, dos estudantes e dos trabalhadores, lutando nas ruas de Natal. Os vereadores também não queriam um desgaste político às vésperas das eleições e se sentiram pressionados a revogar o aumento da passagem. Estavam tentando limpar a própria imagem. Mas não nos enganam. Essa vitória é nossa, é da juventude”, afirmou.

Continuar a luta
A professora Amanda Gurgel, candidata a vereadora em Natal pelo PSTU, acompanhou o movimento desde o início, participou dos protestos e estava na Câmara no dia da revogação. Para ela, a luta organizada dos trabalhadores e dos estudantes provou que é a única via possível para alcançar direitos e mudanças na sociedade. “A revogação desse aumento é a prova de que vale a pena lutar e se manter organizado. Essa vitória é do movimento. Nessa Câmara, não existem vereadores bonzinhos ou que defendem os trabalhadores e estudantes. Eles foram pressionados e obrigados a revogar o aument.”, disse Amanda.

A professora, que usou seus programas de TV no guia eleitoral para denunciar o aumento e apoiar as manifestações dos estudantes, afirmou também que é preciso seguir lutando por mais conquistas e por um novo sistema de transporte público. “Dou meus parabéns a essa juventude corajosa que tomou as ruas de Natal. Essa vitória é de vocês! Mas a luta não terminou. Não podemos confiar nessa Câmara, marcada pela Operação Impacto, e nem nos empresários e nessa prefeita! Precisamos exigir uma mudança completa no sistema de transporte, com uma empresa municipal e o passe-livre estudantil”, destacou.

Ao saírem da Câmara, os estudantes ainda foram ao Viaduto do Baldo, no centro de Natal, e realizaram um “roletaço” para comemorar a vitória. Com o apoio dos motoristas, as catracas dos ônibus foram liberadas para que a população não pagasse as passagens. Além da revogação do aumento, a Câmara ainda aprovou um projeto de lei que proíbe a dupla função dos motoristas de ônibus, que em Natal também trabalham como cobradores. O projeto aguarda sanção ou veto da Prefeitura. Os motoristas comemoraram junto aos estudantes.

domingo, 16 de setembro de 2012

‎'Uma esquerda equivocada': uma resposta necessária aos apoiadores da ditadura Assad

FONTE: Folha de S.Paulo, 5 de setembro de 2012.

Uma esquerda equivocada
Marcia Camargos e Aldo Cordeiro Saúda 

Quando milicianos leais a Bashar Assad, sob o comando do exercito sírio, invadiram o vilarejo de Houla, em 28 de maio, Muawiya Saayed mandou as mulheres e crianças refugiarem-se no vizinho.
Sua esposa ficou escondida entre as plantas do jardim. De lá, ouviu os gritos do marido e do filho mais velho sendo torturados e executados pelas forças de Bashar.
Na correria para fugir, ficou para trás a caçula, de 8 anos. Pouco depois, o corpo da pequena Sara viria somar-se a outros 107 computados, na aldeia, por observadores da ONU.
Quase tão chocante como episódios desta natureza tem sido a atitude de algumas figuras emblemáticas do continente sul-americano diante da situação.
No Brasil, parte significativa da esquerda, incluindo intelectuais, dirigentes de sindicatos e movimentos sociais, partidos e deputados comprometidos com a luta contra a violência de Estado, além de velhos combatentes à ditadura militar verde-amarela, apoiam um regime cuja brutalidade cresce de maneira assustadora.
Alegando que Bashar seria anti-imperialista e, portanto, preferível à "turma da Otan e seus asseclas regionais", eles fecham os olhos para um dos mais atrozes crimes contra a humanidade do século 21.
Não há dúvida de que a revolução síria, iniciada de forma pacífica há 18 meses, tem acumulado contradições intrínsecas ao processo e exacerbado divisões sectárias entre alauítas, sunitas e cristãos.
Mas, ao negar solidariedade aos oprimidos, essas esquerdas desprezam os princípios fundamentais da cartilha marxista. Pior: fazem coro aos inaceitáveis comentários vindos de Caracas, onde Hugo Chávez chamou Assad de "líder árabe socialista, humanista, irmão, com uma grande sensibilidade".
Ignorando o caráter de massas da oposição, o chefe bolivariano descreveu seu "companheiro" como vitima de um complô norte-americano para desalojá-lo do poder.
Ora, nem a realpolitik absolve tais palavras.
A ideia de Assad como inimigo dos ianques não tem lastro histórico. Segundo documentos revelados pelo site WikiLeaks, o governo de Damasco não só praticou tortura terceirizada a mando da CIA como possuía, até muito pouco tempo atrás, relações estreitíssimas com a referida agência.
Verdade seja dita, a amizade entre a Casa Branca e a família Assad vem de longe. O pai, de quem Bashar herdou o trono de presidente, prontamente integrou a coalizão liderada por Bush pai, em 1992, para invadir o Iraque. Em 1976, quando a Síria ocupou o Líbano com o objetivo de derrotar o movimento nacional palestino, os Assad contaram com o respaldo direto de Washington e Tel Aviv. Não por acaso, os Estados Unidos se preocupam menos com a contingência de Assad possuir armas químicas do que com a possibilidade delas saírem de suas confiáveis mãos.
Buscando justificar o injustificável, sob a defesa de uma suposta soberania nacional, os ditos anti-imperialistas fingem não ver as bases militares russas nas praias da Síria, por onde circulam bilhões de dólares em máquinas de matar enviadas por Moscou.
Outros citam a presença de integrantes da Al Qaeda no confronto armado. Reproduzem, de maneira fiel, os argumentos utilizados por Washington na sua tentativa de desqualificar a resistência iraquiana.
E vão além. Ao apresentarem Bashar como herói antissionista, esquecem que sob seu governo as fronteiras do país foram as mais seguras para Israel, que tinha como líquida e certa a posse definitiva das Colinas de Golã.
Por sorte, enquanto setores da esquerda encenam um papel lamentável, o povo sírio prossegue com heroísmo na sua luta desigual. 
MARCIA CAMARGOS, pós-doutora em história pela USP, é jornalista e historiadora
ALDO CORDEIRO SAUDA é cientista político