sexta-feira, 26 de abril de 2013

Marcha em Brasília no dia 24/04

A marcha foi muito boa! Estive presente e me emocionei ao sentir a disposição de luta de pessoas de todo o Brasil. Estudantes, trabalhadores e aposentados, lutando contra o autoritarismo do Governo Federal e seus ataques aos direitos da classe trabalhadora, concessões (leia-se privatizações) do patrimônio público, transferência de recursos para a iniciativa privada, repressão aos movimentos sociais, corrupção e um longo etc. 
A marcha serviu também para demonstrar, de forma concreta, que existe um setor combativo da classe, que atua de maneira independente, tanto em relação ao governo quanto aos patrões, que está crescendo e se fortalecendo através das lutas, apontando o caminho para os que querem acabar com os privilégios de poucos e garantir vida digna à imensa maioria que produz a riqueza em nosso país. A luta continua, faça parte você também.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Qualquer semelhança com a sociedade em que vivemos não é mera coincidência. A suposta democracia em que vivemos é na verdade a ditadura de uma insignificante minoria sobre a ampla maioria. O Estado e as instituições que o constitui, não passam de fortalezas a defender a propriedade privada dos meios de produção e a herança, direitos a serviço da manutenção dessa ordem social desigual e desumana.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Amiga

Quero ver-te sempre assim.
Sempre amável e agradável,
Amiga verdadeira e singular.

Da vida, amiga. De cores,
Sons, perfumes, sabores:
Portadora e distribuidora.

Bendita é e sempre seja,
Sempre se transmutando,
Inovando, e em ascensão.


Sebastião Neto

                  Vladimir Kush
 
Nasceu uma flor na vereda,
Um mistério sem alarde.
A tarde era clara e calma.
O sonho era lírico e alegre.
Sons me vinham do mar.

Pensei em muitas coisas.
Li, senti, vagueei, dormi...
Os teus cabelos me iludem.
O azul me alucina o ar.
Foi assim que ti senti.

O pássaro, ali me viu deitado,
Vagueando, sentindo, lendo...
Observou-me e depois voou.
Arrastou meu olhar ao céu.
O sol me encheu de cor.

O grauçá correu e se escondeu.
A areia me agarrou com força.
Conchas me enfeitiçaram.
Pensei em sua praia e sonhei.
Mergulhei, respirei e fui embora.

Sebastião Neto

quarta-feira, 17 de abril de 2013

                            Gustav Courbet
 
Um sentimento muito puro
Brotou em meu coração,
Com flores de infinitas cores
Que me deixaram extasiado.
Fiquei muito encantado,
Parecendo uma criança.

Entreguei-me àquele ser
Que plantou aquela semente,
Regou, adubou e preservou.
Mas depois de certo tempo
Que a planta se formou,
Perdeu seu encantamento,
Para quem a alimentou.

Agora que ela partiu, não sei
O que fazer. A planta ainda vive
Mesmo sem ela querer.
Alimenta-se de lembranças
E esperanças inúteis.
Suas raízes, tronco e galhos,
Agora me machucam,
causando imensa dor.


Tião

Inconformado


                      Santiago Caruso
O patrão determina o padrão
O padrão homogeniza a nação
Viola-se a liberdade de expressão
Da conformidade nasce a conformação

Inconformado sou e não nego
Não aceito sua imposição
Não serei mais um conivente,
Conformado e sem opinião.

Canto a liberdade, a originalidade,
A criatividade tão rara, quase extinta.
Canto a destruição, a desconstrução,
O fim da conformidade e da conformação.

Não sigo sua liturgia monetária, sua moda,
Sua ciência subserviente,
Seu instrucionismo docente, doente.
Não jogo seu jogo marcado. Ladrão!

Tenho cú, mas não tenho medo,
Não tenho preço, não tenho freio,
Não sou caça, nem cobaia.
Eu não sou nada!


Sebastião Neto

Inatuba

Luxo sobre lixo a se multiplicar,
Ruas manchadas e a manchar,
Vidas obscuras com e sem lar.
Sem luz, sem cor, sem ar.

A cidade, abandonada, vegeta.
Os vermes nela se proliferam.
Doenças e mortes a brotar
Nesse campo de águas poluídas.

A vida resiste cansada e sombria.
A dor segue abafada, boca fechada.
O inferno se pronuncia no dia-a-dia
Refletindo, simplesmente, escolhas erradas.

Novas escolhas devem ser tomadas,
Totalmente diferentes das já praticadas,
Para que a vida possa se manifestar
E o que há de bom venha a se pronunciar.

Basta de política eleitoral!
Basta de alienação!
Basta de tanto ladrão!
Basta de falta de educação!

Não fique calado irmão,
Pratique a liberdade de expressão.
Abra seus olhos e erga a cabeça.
É seu dever lutar, exerça!

Sebastião Neto