quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ipea: jovem negro corre 3,7 vezes mais risco de assassinato do que branco

A cor negra ou parda faz aumentar em cerca de 8 pontos percentuais a probabilidade de um indivíduo ser vítima de homicídio, indicam os dados apresentados pelo diretor do Diest


Agência Brasil

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (17), revela que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco. Segundo o estudo, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações da polícia, mas que reflete “o desvio comportamental presente em diversos outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros”.

Intitulado Segurança Pública e Racismo Institucional, o estudo faz parte do Boletim de Análise Político-Institucional do Ipea e foi elaborado por pesquisadores da Diretoria de Estudos e Políticas do Estado das Instituições e da Democracia (Diest). “Ser negro corresponde a [fazer parte de] uma população de risco: a cada três assassinatos, dois são de negros”, afirmam os pesquisadores Almir Oliveira Júnior e Verônica Couto de Araújo Lima, autores do estudo.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O Rango Legal

Eu e Jão fizemos uma rango legal
Bem gostoso, saudável e natural
Deu até pra levantar o astral
Desse jeito não iremos passar mal
Nem teremos que ir pro hospital
Em vez disso vamos é pro litoral
Curtir uma veibe de boa. Na moral! 

A barca do inferno



Por Elisabeth Zorguetz

Hoje em dia, quando entro num ônibus na minha cidade, sinto algo muito aterrador. Uma impressão quase inexplicável, um misto de sufocamento, frustração e melancolia. As janelas semi-abertas me aprisionam, o cheiro de suor metálico me asfixia. O rosto apático das pessoas, imersas nos próprios pensamentos exaustos do cotidiano, a projetar-se sobre o trabalho que ainda lhes aguarda em casa. Elas sentam-se próximas a mim e na verdade se encontram tão distantes, sonolentas, ébrias de fadiga e desesperança. Balançam como trapos de pano aos sacolejos do veículo. O som do motor e das portas batendo me atormenta. Mas nenhum ruído é pior do que o estalo que a catraca faz na minha passagem. Me lembra o primeiro pingo de água gelada na nuca dos banhos de inverno. Minha apreensão a esse ruído é tão intensa que certamente me matará um dia. Me sinto tola. Me sinto burra. Me sinto egoísta, fraca e suja. Tenho tanta convicção de que não deveria estar naquele lugar, naquele momento, que minha vontade é escapar por uma janela. Não acho digno. Não é digno. Para ninguém. Sinto a mão grosseira dos abusos e tiranias sobre a minha boca, extinguindo a minha voz. Transporte público não é a barca amaldiçoada dos pobres, mas aqui convém que seja. Convém manter o fosso social e quando possível, aprofundá-lo. Desgraçado cidadão ilheense. É enclausurá-lo num ônibus, já que na penitenciária lhe faltam alguns crimes categóricos da miséria. Por isso traço longos caminhos a pé, tropeçando nas pedras e tomando chuva. Arriscando-me na garupa de uma moto. Ao menos fujo daquela sensação de que nunca mais me libertarão daquela violência em quatro rodas. Que ficarei eternamente ignorante às suas razões e efeitos. Porém, na minha baça liberdade, me recordo daqueles meus irmãos acorrentados aos seus assentos. Volto ao ônibus. Os passageiros me encaram, por vezes, com estranhamento. Talvez seja minha aparência aflita. Ou talvez esperem algo de mim, como esperam de cada cidadão que se levanta quando chega a seu ponto, agarrado aos canos. Esperam que alguém se levante. E nunca mais sente.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

40,4 % das matrículas em graduação a distância são em licenciatura

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA 


As matrículas em cursos de licenciatura continuam com baixo ritmo de crescimento, de acordo com números divulgados nesta terça-feira (17) pelo Ministério da Educação. Entre 2011 e 2012, o aumento de matrículas registrado foi de 0,8% --no ano passado, do total de 7 milhões de matrículas em graduação, 1,3 milhão tinham esse perfil (19,5% do total).

O peso das licenciaturas, no entanto, aumenta quando se trata apenas do ensino a distância: do total de 1,1 milhão de matrículas de graduação nessa modalidade, 40,4% são de cursos de licenciatura, que formam professores do ensino básico.

A carência de docentes nas escolas públicas é um fator que preocupa o governo federal --a pasta lança amanhã programa para estimular a docência entre os alunos do ensino médio. 

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Discurso Vasio


Aqui em Ilhéus 20 mil famílias são consideradas pobres ou extremamente pobres, se considerarmos uma média de quatro pessoas por família, são 80 mil pessoas. Essa parcela da sociedade não tem seu direito de ir e vir assegurado pelo Estado, que permite a espoliação praticada pela São Migué e Viamerda com uma passagem pra lá de abusiva. Não obstante, quando o Reúne Ilhéus fechou a garagem da Viamerda o prefeito e os vereadores que o apoiam disseram que essa ação feria o direito de ir e vir dos cidadãos ilheenses.

Jabes e seus capachos do Legislativo, como o vereador Rafael Benevides, dizem não ser possível reduzir o valor da tarifa do buzú afirmando que a prefeitura tem que respeitar os contratos com as empresas. Nessas ocasiões defendem hipocritamente o respeito às leis e falam em Estado democrático de direito, mas não são capazes de esconder que são os primeiros a descumprirem as leis. Além do mais quem desrespeita os contratos são as empresas de transporte, mas não são punidas, pois contam a cumplicidade de certos políticos.  

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Levante a Cabeça e Lute!


Em Itabuna e Ilhéus as empresas de transporte ganham muita grana à custa da população pobre que não tem uma alternativa de transporte. Para isso os empresários do transporte contam com o apoio dos prefeitos e vereadores. Contam também com a omissão e a covardia dos cidadãos e dos dirigentes de sindicatos, movimentos sociais, populares e estudantis, que se vendem por migalhas. O povo é controlado ideologicamente através dos meios de comunicação de massa, escolas, igrejas... e quando resolve se rebelar é violentamente reprimido pela polícia, e punido pela justiça. Enquanto prevalecer o individualismo e o conformismo o Estado continuará violentando a maioria dos cidadãos e favorecendo os poucos muito ricos e poderosos. Levante a cabeça, tire essa viseira, quebre esse cabresto e lute por justiça, pois “é melhor morrer de pé, do que viver de joelhos” (Emiliano Zapata)!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

35 Filmes Para Questionar o Capitalismo

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Plataforma da USP ensina a escrever artigo científico

06/08/13 // // //


Para melhorar o nível de qualidade na elaboração de artigos científicos por pesquisadores brasileiros, a  Universidade de São Paulo – líder em produção científica no país -, lançou o curso de Escrita Científica: produção de artigos de alto impacto. Formatado para a web e oferecido gratuitamente, o curso tem como objetivo auxiliar pesquisadores e estudantes de pós-graduação na elaboração de artigos de maior relevância acadêmica.

A redação de trabalhos científicos, elaborados para serem publicados em revistas de alto impacto (como a Science, Nature e a Clinics) é um dos gargalos para o crescimento da produção científica das universidades, incluindo a própria USP, afirmou o pró-reitor de pesquisa da instituição Marco Antonio Zago, em reunião recente com dirigentes da universidade. ”A técnica não é dominada amplamente, em especial pelos pesquisadores principiantes e alunos de pós-graduação”, disse  Zago.

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

CONGRESSO DA ANEL X CONGRESSO DA UNE

É interessante perceber que os/as estudantes de química de nossa universidade terão a oportunidade de ir tanto ao Congresso da UNE quanto ao Congresso da ANEL. Nesses espaços nosso/as colegas poderão trocar experiências com estudantes de todo o país, o que é algo muito enriquecedor. Para que essa oportunidade seja mais bem aproveitada é necessário que após os encontros haja uma assembleia do curso para que as experiências e informações adquiridas possam ser socializadas. 

Digo isso porque já tive a oportunidade de ir a congressos das duas entidades e sei que os assuntos que são discutidos nesses espaços são de interesse público. Além disso, tudo que é debatido e decidido nesses encontros só tem valor quando é posto em prática e isso só pode ser feito por nós estudantes, e forma coletiva. Apesar das divergências ideológicas é importante levar em consideração que estes são os principais fóruns de discussão e decisão do ME brasileiro. Como estudantes conscientes, acho que devemos estar atentos e tirar o melhor proveito possível desses acontecimentos, pois não devemos esquecer nosso papel na história.

“Não sou capacho do governo federal/ Sou estudante livre da Assembleia Nacional”.

Movimento Estudantil, Marcha dos Cem Mil, 1968


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Marcha em Brasília no dia 24/04

A marcha foi muito boa! Estive presente e me emocionei ao sentir a disposição de luta de pessoas de todo o Brasil. Estudantes, trabalhadores e aposentados, lutando contra o autoritarismo do Governo Federal e seus ataques aos direitos da classe trabalhadora, concessões (leia-se privatizações) do patrimônio público, transferência de recursos para a iniciativa privada, repressão aos movimentos sociais, corrupção e um longo etc. 
A marcha serviu também para demonstrar, de forma concreta, que existe um setor combativo da classe, que atua de maneira independente, tanto em relação ao governo quanto aos patrões, que está crescendo e se fortalecendo através das lutas, apontando o caminho para os que querem acabar com os privilégios de poucos e garantir vida digna à imensa maioria que produz a riqueza em nosso país. A luta continua, faça parte você também.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Qualquer semelhança com a sociedade em que vivemos não é mera coincidência. A suposta democracia em que vivemos é na verdade a ditadura de uma insignificante minoria sobre a ampla maioria. O Estado e as instituições que o constitui, não passam de fortalezas a defender a propriedade privada dos meios de produção e a herança, direitos a serviço da manutenção dessa ordem social desigual e desumana.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Amiga

Quero ver-te sempre assim.
Sempre amável e agradável,
Amiga verdadeira e singular.

Da vida, amiga. De cores,
Sons, perfumes, sabores:
Portadora e distribuidora.

Bendita é e sempre seja,
Sempre se transmutando,
Inovando, e em ascensão.


Sebastião Neto

                  Vladimir Kush
 
Nasceu uma flor na vereda,
Um mistério sem alarde.
A tarde era clara e calma.
O sonho era lírico e alegre.
Sons me vinham do mar.

Pensei em muitas coisas.
Li, senti, vagueei, dormi...
Os teus cabelos me iludem.
O azul me alucina o ar.
Foi assim que ti senti.

O pássaro, ali me viu deitado,
Vagueando, sentindo, lendo...
Observou-me e depois voou.
Arrastou meu olhar ao céu.
O sol me encheu de cor.

O grauçá correu e se escondeu.
A areia me agarrou com força.
Conchas me enfeitiçaram.
Pensei em sua praia e sonhei.
Mergulhei, respirei e fui embora.

Sebastião Neto

quarta-feira, 17 de abril de 2013

                            Gustav Courbet
 
Um sentimento muito puro
Brotou em meu coração,
Com flores de infinitas cores
Que me deixaram extasiado.
Fiquei muito encantado,
Parecendo uma criança.

Entreguei-me àquele ser
Que plantou aquela semente,
Regou, adubou e preservou.
Mas depois de certo tempo
Que a planta se formou,
Perdeu seu encantamento,
Para quem a alimentou.

Agora que ela partiu, não sei
O que fazer. A planta ainda vive
Mesmo sem ela querer.
Alimenta-se de lembranças
E esperanças inúteis.
Suas raízes, tronco e galhos,
Agora me machucam,
causando imensa dor.


Tião

Inconformado


                      Santiago Caruso
O patrão determina o padrão
O padrão homogeniza a nação
Viola-se a liberdade de expressão
Da conformidade nasce a conformação

Inconformado sou e não nego
Não aceito sua imposição
Não serei mais um conivente,
Conformado e sem opinião.

Canto a liberdade, a originalidade,
A criatividade tão rara, quase extinta.
Canto a destruição, a desconstrução,
O fim da conformidade e da conformação.

Não sigo sua liturgia monetária, sua moda,
Sua ciência subserviente,
Seu instrucionismo docente, doente.
Não jogo seu jogo marcado. Ladrão!

Tenho cú, mas não tenho medo,
Não tenho preço, não tenho freio,
Não sou caça, nem cobaia.
Eu não sou nada!


Sebastião Neto

Inatuba

Luxo sobre lixo a se multiplicar,
Ruas manchadas e a manchar,
Vidas obscuras com e sem lar.
Sem luz, sem cor, sem ar.

A cidade, abandonada, vegeta.
Os vermes nela se proliferam.
Doenças e mortes a brotar
Nesse campo de águas poluídas.

A vida resiste cansada e sombria.
A dor segue abafada, boca fechada.
O inferno se pronuncia no dia-a-dia
Refletindo, simplesmente, escolhas erradas.

Novas escolhas devem ser tomadas,
Totalmente diferentes das já praticadas,
Para que a vida possa se manifestar
E o que há de bom venha a se pronunciar.

Basta de política eleitoral!
Basta de alienação!
Basta de tanto ladrão!
Basta de falta de educação!

Não fique calado irmão,
Pratique a liberdade de expressão.
Abra seus olhos e erga a cabeça.
É seu dever lutar, exerça!

Sebastião Neto

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Com uma moça assim tão bela
basta em seus braços me enrolar
pra descobrir que a vida é bela
se seus lábios eu puder beijar

Quero te dar motivos pra sorrir
teu sorriso encanta meus dias
Quero encher de prazer seu existir
te proporcionar doces fantasias

És musa inspiradora,
para um poeta errante.
Para um ébrio navegante,
és sereia sedutora.

Sebastião Neto
Indo pra UESC no ônibus lotado
Vejo crianças, jovens e idosos,
Homens e mulheres.
Uns sentados, outros em pé.
Todos juntinhos,
Mas não unidos.
É que o tecido social
Foi retalhado.

Sebastião Neto
                             Albert Edelfelt
 
Ó natureza, você é fonte de beleza.
Quero mergulhar em teu coração,
Me dissolver em sua luz e escuridão.
Sou seu menino apaixonado,
Diante de ti sou desejo, aspiração.
Ó Mãe, a ti me entrego por inteiro,
Liberdade é ti ofertar meu coração.
Me leve em tuas correntes,
Me eleve e me despedace,
Pois em ti sempre ei de existir.
Sebastião Neto

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

PSTU responde ao artigo mentiroso de Maristela Pinheiro

Maristela Pinheiro, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), escreveu um artigo mentiroso em que acusa a ativista síria, Sara al Suri, e o PSTU de colaborarem com o imperialismo. O texto se baseia em fontes duvidosas e suposições levianas. O artigo foi publicado no blog Somos Todos Palestinos. O PSTU desmente as acusações e condena o método de calúnias. Leia, abaixo, a nossa resposta a Maristela.

Da Redação

Ao
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
At. Maristela R. Santos Pinheiro

Ref: artigo sobre a revolução síria


Cara Maristela (com cópia à direção nacional do PCB)
Fomos surpreendidos pelo mentiroso artigo escrito pela companheira Maristela chamado “Suposta ‘militante’ síria elogiada em sítio das forças armadas dos EUA!? o que pode significar isso?”, veiculado no sítio carioca de solidariedade ao povo palestino, Somostodospalestinos, artigo que calunia a companheira Sara al Suri, o PSTU e a Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI) chamando-os de agentes do imperialismo.


Este método, utilizado amplamente por Stalin contra toda opinião dissidente, nunca serviu à luta pelo socialismo. Ao contrário, teve sempre o objetivo de impedir o debate saudável entre diferentes posições. Para não discutir a fundo uma posição diversa à sua, Stalin e seus asseclas lançavam calúnias contra todos que se contrapusessem a sua política, seja de agente do imperialismo, do nazismo ou ainda do patronato.


Na escola, eu aprendi que o mundo tem que andar dopado.
A ordem: não dê a cara tapa, ande com o pé atrás, não revide;
Não questione, não pense, não se incomode.
Viver é se divertir.
Sorria.

Não se importe com o que você come,
não procure saber de onde veio essa comida;
Não se importe com o que você veste
e ,mesmo que você pague muito caro,
não se importe em saber de onde veio o que você veste
- importa saber se é de linho, seda, algodão; importante é a etiqueta.

Não se importe com o que você usa. Se existe, é pra ser usado.

Não se importe com o que você diz
- palavra é poeira, se perde no vento.
Desdiga, se cale. É fácil. As pessoas esquecem.

Não se importe com o que você pensa:
ideologias, meu amigo, são prisões;
ideais, navalhas - são perigosas e você pode se cortar!

Pensar demais é algo que acaba robotizando a vida,
dizem os professores. Torna a vida chata!

Por mais que os manuais digam que o robô só faz o que está
programado para fazer, não os siga. Eles mentem.
Você é livre!

Não se negue a usar o que custa caro, não deixe de fazer isso ou aquilo por dinheiro.
Você precisa dele. Usufrua do que ele pode te dar. Consequências para esses atos não existem!

Se você se nega, se você questiona, se você argumenta, vira um porre. Ninguém vai querer andar contigo.
As relações são necessárias, é preciso crescer na vida. Agarre-se aos grandes e aceite o que pensam e fazem - se plante!

Pra ser legal de verdade você precisa fazer tudo que lhe é imposto como quem toma um remédio ruim:
prenda a respiração, tape o nariz, engula o remédio. Se o negócio emperrar um pouco, beba uma coca-cola.

Você verá que logo a sensação ruim passa e você pode voltar a se divertir.

A vida é simples, meu caro, não a complique.

Zé Livera

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Imperialismo amplia guerra aos povos

Editorial do AND, Nº 103, Primeira quinzena de fevereiro de 2013.

No editorial da edição 53 de A Nova Democracia, de junho de 2009, afirmávamos, já no título, que "O imperialismo é a guerra". Na ocasião, dizíamos não ser possível às potências imperialistas saírem da crise com os planos de salvação financeira intentados, mas que apenas com o aumento do afluxo de riquezas dos países dominados e a ampliação da guerra para definição de nova repartilha do mundo.
De fato, de lá para cá se agravaram as contradições interimperialistas e as potências e seus blocos passaram a se chocar de maneira mais evidente, cada vez mais saindo das pugnas meramente diplomáticas, promovendo nova corrida armamentista, exercícios e manobras militares intimidatórias, culminando com a imposição da guerra a outros povos de nações dominadas.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Como envenenar crianças

Nossas crianças estão sendo silenciosamente envenenadas por ingerirem bebidas e comidas nocivas. Todas amplamente anunciadas na TV e na internet, de modo a criar hábitos perenes de consumo

Frei Betto
Do Brasil de Fato

Muito além do peso, documentário de Estela Renner e produção de Marcos Nisti, é obrigatório ser visto em escolas e famílias. Jamais tive conhecimento de um filme tão pedagógico quanto à alimentação infantil.
Nossas crianças estão sendo silenciosamente envenenadas por ingerirem bebidas e comidas nocivas. Todas amplamente anunciadas na TV e na internet, de modo a criar hábitos perenes de consumo.
Embora a legislação de muitos países já proíba publicidade de alimentos prejudiciais à saúde das crianças, como são os casos do Chile, da França e do Reino Unido, o governo brasileiro teima em ficar submisso à pressão das empresas produtoras. Reluta em assegurar qualidade de vida à nossa população. Enquanto a Vigilância Sanitária libera, o Ministério da Saúde arca com os bilhões de reais gastos em doenças evitáveis.
Pesquisas indicam que os produtos expostos à publicidade chegam a ter suas vendas aumentadas em 134%.

Mesmo beneficiado com isenção, indústria tem queda na produção em 2012


Em 2012 governo concedeu o equivalente a R$ 45 bilhões em isenção fiscal

DA REDAÇÃO

Fonte: PSTU.ORG.BR

Mesmo com todos os incentivos e isenções fiscais concedidos pelo governo em 2012, a produção industrial fechou o ano em queda de 2,7%. Esse foi o pior resultado desde 2009, quando o setor registrou retração de 7,4% como reflexo da crise econômica internacional. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram divulgados no dia 1º de fevereiro.

O resultado de dezembro de 2012 representa uma diminuição de 3,6% comparado ao mesmo mês de 2011. Apesar da queda generalizada, um dos dados mais preocupantes refere-se ao setor de Bens de Capital, ou seja, máquinas e equipamentos, que teve uma drástica redução de 11,8%. Isso significa uma queda nos investimentos da indústria, afastando do horizonte uma retomada na produção.

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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Em 2012, 296 empresas passaram para controle estrangeiro

A cada ano se aceleram as compras de empresas brasileiras por fundos ou empresas estrangeiras, a maioria com sede nos EUA

Carlos Lopes, 
da Hora do Povo

Os dados divulgados pela empresa de consultoria KPMG no último dia 14 mostram que as desnacionalizações de empresas brasileiras atingiram um novo recorde em 2012. O notável é que elas já haviam atingido um recorde em 2011 – e também em 2010. 
Em suma, a cada ano se aceleram as compras de empresas brasileiras por fundos ou empresas estrangeiras, a maioria com sede nos EUA (para que o leitor tenha uma ideia relativa: segundo o Censo de Capitais Estrangeiros do BC, as empresas dos EUA têm dentro do Brasil 3,4 vezes o que têm as empresas francesas, alemãs ou japonesas), com recordes batendo recordes anteriores.

Fonte: Brasil de Fato

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Exportações baianas crescem em 2012

Do Pimenta
Autor: Seu Pimenta

A Bahia registrou crescimento de 2,3% de suas exportações em 2012 na comparação com o ano anterior. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEC), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento, o Estado já responde por 60% das vendas externas realizadas pelo Nordeste.
O valor das exportações baianas no ano passado chegou a US$ 11,27 bilhões, um recorde histórico de acordo com o governo. Os setores que tiveram os melhores desempenhos foram os de petróleo e derivados (crescimento de 9%), soja e derivados (11,6%), algodão (7,2%) e o de metais preciosos (4,3%).

Itabuna gera apenas 559 empregos em 2012

Do Pimenta
Autor: Seu Pimenta

Os setores da indústria e da construção civil em Itabuna apresentaram o pior desempenho dos últimos 12 meses do ano passado e cortaram, juntos, 290 postos de trabalho em dezembro.
Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam, também, que o resultado não foi pior por que comércio e serviços fecharam o último mês de 2012 no azul, gerando, respectivamente, 42 e 37 novas vagas.

Bahia tem queda na geração de empregos

Do Pimenta
Autor: Seu Pimenta

Após atingir recorde de criação de novos empregos em apenas um ano (123.047 em 2010), a Bahia fechou 2012 com o pior resultado desde quando o governador Jaques Wagner chegou ao poder: 36.847.
Até agora, o mais baixo havia sido em 2007, ano em que todos os setores da economia baiana abriram 40.922 novos postos de trabalho com carteira assinada.

sábado, 26 de janeiro de 2013

O Preço do Peleguismo

Em nota, Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU, responde aos ataques de editorial do jornal O Estado de S. Paulo ao partido. O editorial responsabiliza o "radicalismo" de sindicalistas pela ameaça de 1500 demissões na GM de São José dos Campos (SP)

ZÉ MARIA
Presidente nacional do PSTU e ex-candidato a Presidência da República

O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial nesse dia 24 de janeiro no qual ataca, de forma vergonhosa, os metalúrgicos que lutam neste momento em São José dos Campos (SP) contra as 1500 demissões que a GM ameaça realizar. O editoral "O preço do radicalismo" ataca ainda a direção do sindicato e o PSTU que, segundo eles, seriam os verdadeiros responsáveis pela dispensa massiva que assombra a cidade.
Atuando como verdadeira assessoria de imprensa da GM, o jornal justifica as demissões e a série de "flexibilização" de direitos trabalhistas que a montadora vem impondo às suas plantas, lamentando o fato de que o mesmo não tivesse sido possível fazer em São José dos Campos devido à mentalidade "retrógada" dos sindicalistas. Para o jornal, tais medidas visam "reduzir os custos operacionais, aumentar sua produtividade, e assim, defender seus mercados e, se possível ampliá-los". Um eufemismo para defender cada vez mais os lucros das empresas.


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Esse editorial do Estadão é um ótimo exemplo de como a grande mídia de nosso país defende os interesses das elites, nesse caso, uma grande multinacional estrangeira que fatura bilhões todos os anos em nosso país com a ajuda de nossos "caridosos" governantes, e às custas da perpetuação e do agravamento das mazelas sociais que afligem o povo brasileiro. Esse raivoso ataque às direções combativas do movimento operário brasileiro e a seus métodos de luta reafirma e deixa muito evidente o caráter de classe desse jornal:

O Preço do Radicalismo

O Estado de S.Paulo

Dominados pelo radicalismo, que os impede de entender as transformações pelas quais passa o mundo, especialmente o mundo do trabalho, dirigentes sindicais dos metalúrgicos de São José dos Campos inviabilizam investimentos na expansão do parque industrial da região, reduzem as oportunidades de emprego, prejudicam os trabalhadores que dizem defender e, cada vez mais distantes do realismo que marca a atuação de outros sindicalistas, decidiram prejudicar a população, com a interrupção do tráfego na Rodovia Presidente Dutra, que liga as duas maiores cidades do País. Agindo de modo insensato, afastam-se cada vez mais dos trabalhadores e se arriscam a perder o direito de se proclamarem seus representantes.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Não entendi aquela conversa.

Eu e o pássaro geômetra.

Perguntei por que ele dava tantas voltas no céu

Tantas piruetas.

- Não sabes?

De um movimento circular podes tirar uma linha reta.

- Porque não voa em linha reta então?

- Para que?

- Chegaria mais rápido.

Ele riu…

-Chegar?

Entre um ponto e outro existem infinitos pontos

Nunca chegamos.

Por isso voamos e vocês andam.

Nós aprendemos a nos jogar.



Magno Luiz.

Salário mínimo: mentiras e verdades

De A Nova Democracia

Por Henrique Júdice

Iniciado 2013, o salário mínimo nacional passou de R$ 622 a R$ 678 – um aumento nominal de 9% e "real" de 2,73%, caso se considere o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) expressão da realidade, como manda uma lei diariamente desmentida na roleta do ônibus ou na prateleira do supermercado.
Como de costume, repetiu-se a cantilena das agências oficiais (IBGE, IPEA) e dirigentes sindicais oficialistas acerca da suposta valorização do salário mínimo levada a cabo pelos governos do PT desde 2003 (para alguns, ela teria começado com FHC).
Ao contrário, porém, do que se supõe em certos meios, uma mentira repetida mil vezes não se torna verdade. É preciso examinar mais detidamente essa questão – e este é um bom momento para fazê-lo, já que ela constitui uma das chaves para qualquer balanço honesto do decênio petista.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Capitalismo de espoliação

Da Folha de S. Paulo

Por Vladimir Safatle

Durante anos, o Brasil chamou a atenção do mundo graças a seu novo ciclo de crescimento. No entanto seria interessante perguntar-se sobre o tipo de capitalismo que tal ciclo gerou, sobre qual a especificidade da experiência brasileira e seus limites.
Colocar tal questão é importante porque, se há algo que chama a atenção no caso brasileiro, é a maneira como aprofundamos um modelo econômico oligopolista, de baixa concorrência e alta concentração. No Brasil, o capitalismo mostrou uma de suas faces mais brutais. Pois não ocorreu aqui fenômenos de pulverização de atores econômicos por meio de ciclos de abertura de start-ups e de defesa estatal de ambientes de multiplicação de grupos de empreendedores.
Na verdade, tivemos, muitas vezes, uma diminuição no número de tais atores através de políticas estatais que produziram ou incentivaram involuntariamente a oligopolização da economia em nome da criação de "grandes players globais".

Arrecadação federal bate recorde em 2012 e supera R$ 1 trilhão pela primeira vez

Do Bahia Notícias

A arrecadação de impostos federais subiu 0,7% em 2012 e bateu um recorde histórico, ao somar R$ 1,02 trilhão. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (23), pela Secretaria da Receita Federal. De acordo com informações do Fisco, essa foi a primeira vez que a arrecadação federal rompeu a barreira de R$ 1 trilhão em um ano fechado. Em 2011, o governo federal havia somado R$ 969 bilhões. Desde 2009, quando o Brasil sentiu o impacto da primeira etapa da crise financeira, a arrecadação não tem queda real. 

A crise econômica mundial e a GM

Ameaça de demissões no Brasil faz parte da política da montadora em todo o mundo

LUIZ CARLOS PRATES (MANCHA)*, DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)

FONTE: PSTU.ORG.BR

O final do ano de 2008, um dos momentos de aprofundamento da crise econômica, em particular nos Estados Unidos, marcou profundas transformações na GM. Acossada pela crise, a empresa chegou a entrar em concordata. Suas ações chegaram a valer menos de um dólar e o governo americano foi obrigado a intervir para impedir a bancarrota total da multinacional, o que teria consequências no agravamento da situação econômica mundial.
Em acordo que envolveu os ex-acionistas, o governo norte-americano, o canadense, e o VEBA, uma espécie de fundo de pensão administrado pelo UAW (o sindicato nacional dos trabalhadores da indústria automobilística), a empresa conseguiu sair da concordata rapidamente e promoveu uma grande reestruturação que já vinha sendo perseguida pela companhia há anos.
O governo Obama ficou com a maioria das ações e o controle da administração da GM. A saída da concordata no início de 2009 implicou no fechamento de 17 fábricas, na extinção de diversas marcas, na demissão de 35 mil trabalhadores e na criação de uma “Nova GM”, fruto da reestruturação.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Trabalhadores da GM entram em greve e ocupam Via Dutra

Metalúrgicos exigem que presidente Dilma tome medidas contra demissões

FONTE: WWW.SINDMETALSJC.ORG.BR

Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos entraram em greve, nesta terça-feira, dia 22, e ocuparam a Rodovia Presidente Dutra, como forma de pressionar o Governo Federal a proibir as 1.598 demissões programadas pela montadora.
A ocupação da Via Dutra aconteceu, no km 141, nos dois sentidos, em frente à fábrica da GM, das 6h30 às 7h30. Pneus foram queimados para interromper o trânsito e os trabalhadores tomaram a rodovia, com faixas e cartazes. Uma das faixas trazia a frase “Dilma, proíba as demissões na GM”. Cerca de 4,5 mil trabalhadores participaram da manifestação.
Após a ocupação, os metalúrgicos foram para suas casas, dando início à greve de 24 horas. A GM de São José dos Campos possui 7.500 trabalhadores. A produção está 100% parada e a fábrica deixará de produzir 480 veículos (modelos S10, Classic e Blazer) e 2.400 motores e transmissões durante a greve.